O primeiro contato de Lucas Brontk com a música eletrônica aconteceu ainda aos 6 anos de idade, durante o aniversário de seu avô. Um de seus tios, DJ amador, se apresentava em festas de família com dois toca-CDs, um mixer e um estrobo colorido. Entre as músicas daquela noite, uma em especial marcou o garoto: Emotion, de DJ Ross. Nascia ali uma paixão que nunca mais sairia de sua vida.
Curioso e fascinado, Lucas mergulhou de vez no universo eletrônico. Gigi D’Agostino, Lasgo, DJ Ross e The Brothers moldaram suas primeiras influências. Aos 15 anos, ganhou de presente de seu pai um curso de DJ, onde teve o primeiro contato com uma CDJ Pioneer 200. A formatura do curso aconteceu em um clube — e, ainda adolescente, Lucas experimentou pela primeira vez a energia de comandar uma pista.
Na mesma época, descobriu o programa Virtual DJ, que lhe permitiu treinar em casa, já que equipamentos profissionais eram caros. Logo surgiu a oportunidade de tocar todos os sábados em uma rádio local, experiência que ajudou a refinar suas técnicas de mixagem.
O interesse pela produção musical nasceu ao conhecer o dono de um blog de música eletrônica. Intrigado com faixas assinadas por ele, Lucas descobriu que também poderia criar suas próprias músicas. Recebeu um pen drive com projetos e samples e mergulhou nos estudos de produção, focados no EDM — estilo que dominava o Brasil naquela época.
Em 2016, um amigo de Florianópolis apresentou-lhe o universo do G-House através da faixa Bass, de Illusionize & Chemical Surf. A descoberta expandiu sua visão musical e o levou a iniciar um projeto em dupla, lançando suas primeiras produções nesse estilo. Pouco tempo depois, optou por seguir carreira solo.
Assim nasceu, em 2017, o projeto Lucas Brontk. O nome combina seu primeiro nome com “Brontk”, inspirado no bairro nova-iorquino Bronx, mas adaptado para soar único.
Ainda em 2017, lançou Circus, faixa que viralizou no YouTube (mais de 1 milhão de views) e no SoundCloud (mais de 50 mil plays), especialmente no cenário automotivo de Goiânia. O verdadeiro divisor de águas, porém, foi Womaback. Inicialmente desacreditada pelo próprio artista, a faixa explodiu organicamente: ultrapassou 30 milhões de visualizações no YouTube e 4 milhões de streams no Spotify em menos de um ano. O sucesso atraiu a gravadora Robbins Entertainment (Nova York, EUA), que assinou oficialmente o single.
O impacto foi internacional. Womaback se tornou um hit na Alemanha, berço da música eletrônica, recebendo suporte de nomes como Autograf, 12th Planet, Zookëper, Neon Steve, Mahalo, Todd Edwards, Infected Mushroom, Kill Them With Colour e Liu.
Na sequência, Lucas lançou Walking Back, que virou sucesso na China e foi adquirida pela Long Morning Music, uma das maiores distribuidoras da Ásia e América. O mesmo selo também adquiriu Sirene, antes disponível apenas no SoundCloud, e a distribuiu em todas as plataformas chinesas. O trabalho recebeu ainda suporte de artistas consagrados como Chemical Surf.
Em 2019, sua carreira foi interrompida por motivos pessoais, familiares. Foi um período difícil, mas Lucas nunca se afastou totalmente da música — continuou estudando, aprimorando suas produções e amadurecendo como artista.
Em 2024, retorna com força total: mente focada, novas ideias e um estilo renovado, mas com a mesma intensidade que sempre marcou sua trajetória. Para os próximos anos, o público pode esperar músicas inéditas, lançamentos de impacto e performances capazes de reconectar sua essência ao futuro da música eletrônica.